Seminário Integrado

Materiais à disposição dos alunos e professores do Ensino Médio Politécnico




O mundo da pesquisa e da ciência

Não são as respostas que movem o mundo, mas as perguntas.

Ciência:
  • Abrange todos os campos do conhecimento humano
  • Estudo com critérios metodológicos
  • Busca a verdade por meio de pesquisa, testes

O que a Ciência estuda?
Qualquer assunto em que possa ser empregado o método científico (fenômenos sociais, naturais, matemáticos, etc.)

Conhecimento:
  • É processo e produto.
  • Resulta em saberes.

A Teoria do Conhecimento é embasada na pergunta: “Podemos ter um conhecimento exato do mundo que nos cerca?” Divide-se em três áreas:
    1. Gnosiologia: estuda a essência do conhecimento: a verdade e seus critérios.
    2. Epistemologia: estuda a validade do conhecimento científico, das ciências particulares.
    3. Metodologia: estuda os meios ou métodos de investigação do pensamento correto e do pensamento verdadeiro acerca de um problema.

Quanto à natureza do conhecimento, ele pode ser:
1)     empírico: fundamenta-se na experiência;
2)     científico: exige demonstrações, comprovações, testes;
3)     filosófico: procura conhecer as causas reais dos fenômenos, a origem das coisas e as respostas para elas;
4)     vulgar: é o senso comum, isto é, comum a todos os seres humanos. Não busca as causas reais, baseando-se em palpites, intuições.
5)     teológico-religioso: baseia-se na trilogia fé-medo-esperança. Seus fundamentos são baseados em dogmas e ritos (não podem ser provados e não admitem crítica, pois é a única fonte de verdade).

Método/metodologia:
Conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma determinada realidade. É a forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, para estudá-lo ou explicá-lo.  É o método que nos leva a:
·        apresentar o tema;
·        enunciar o problema;
·        rever a bibliografia existente
·        formular hipóteses e variáveis;
·        observar e fazer experimentos;
·        interpretar as informações;
·        tirar conclusões.

Ao realizar esses passos, estamos falando em pesquisa, em fazer ciência, em produzir conhecimento e saber, tornando-nos sujeitos na construção desses saberes.


Pesquisa:
O homem é, por natureza, o ser que pergunta: Não sei, preciso saber e porque sei que não sei, pergunto, na expectativa de que a resposta possa trazer-me o conhecimento que não tenho e preciso ter. (Roland Corbisier. Introdução à filosofia. P.125-7)

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. Ela produz conhecimento e diferentes saberes. A função do pesquisador é buscar incessantemente a verdade. A pesquisa parte de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução.  Portanto, podemos afirmar que PROBLEMA + METODOLOGIA = RESPOSTA.

Tipos de pesquisa:

Há vários tipos de pesquisa: documental, de mercado, de produto, experimental, bibliográfica, de campo, entre outras.  Basicamente, vamos nos ater a dois tipos de pesquisa:
  1. Bibliográfica: procura explicar e resolver problemas dentro de um dimensão teórica. A ferramenta de trabalho é constituída por livros, periódicos, internet, documentos impressos.
  2. De campo: o pesquisador busca respostas em um contexto (sociedade). As ferramentas para esse tipo de pesquisa são a observação, entrevistas, questionários. Os resultados são obtidos pela interpretação dos dados levantados.

Formas de abordagem:

  1. Quantitativa: conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, média, etc.
  2. Qualitativa: não emprega dados estatísticos.  Estabelece uma série de correlações entre os diferentes autores e o que eles escrevem sobre o assunto.

Finalidades da pesquisa:

1.      Aplicada: os conhecimentos adquiridos são utilizados para aplicação prática voltados para a solução de problemas concretos.
2.      Pura: não há uma aplicação prática prevista; é realizada pela satisfação do desejo de adquirir conhecimentos.

Fases da pesquisa:

I – Elaboração do projeto de pesquisa, quando serão observados os seguintes passos:

  1. Escolha do assunto: interesse e um certo conhecimento prévio são fatores fundamentais para determinar a escolha do assunto. Deve-se também pensar na existência de bibliografia sobre o assunto escolhido.
  2. Especificação do tema e formulação do problema: é preciso delimitar o assunto, elaborando-se uma pergunta (problema). É nesse momento que se define também a área do conhecimento na qual a pesquisa se insere.
  3. Hipótese: é uma suposição em busca de possível certeza. É a partir dela que o pesquisador tem condições de identificar as informações necessárias e evitar a dispersão.
  4. Revisão de literatura: momento de buscar a fundamentação teórica sobre o tema escolhido, com a realização de leituras, busca de documentação bibliográfica, realização de anotações e fichamentos.
  5. Justificativa: definição de por que a pesquisa deve ser realizada. Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa.
  6. Objetivos: normalmente, formula-se um objetivo geral e alguns objetivos específicos. É o momento de responder ao que é pretendido com a pesquisa.
  7. Metodologia: é uma descrição formal dos métodos e técnicas a serem utilizados. Além da leitura, a metodologia contempla a fase de exploração de campo (amostragem, coleta de dados, organização e análise de dados).
  8. Referências bibliográficas: momento em que se elenca o referencial teórico utilizado na pesquisa.
  9. Redação do projeto: realizados todos esses passos, é o momento da redação do projeto de pesquisa.

II – Realização da pesquisa:

O pesquisador deve pautar-se pelo seu projeto de pesquisa e realizar os passos necessários: busca de novos materiais bibliográficos, realização de coleta de dados e começar a fazer a interpretação, a análise dos materiais que têm em mãos para, posteriormente, passar à redação da pesquisa, cujos resultados podem ser apresentados por meio de diferentes produtos: artigo científico, monografia, trabalho de conclusão de curso, etc.


Como registrar as leituras que fundamentarão teoricamente a pesquisa?

Delimitado o tema e formulado o problema, é o momento de partir para a fundamentação teórica da pesquisa, ou seja, as leituras que vão dar sustentação às reflexões e análises pessoais. É nesse momento que o pesquisador busca o que já existe sobre o assunto, para fazer confrontos de ideias. O pesquisador deverá fazer leituras que obedecerão aos seguintes passos: de reconhecimento e exploratória (identificação de materiais sobre o assunto), seletiva (ao ler, o pesquisador vai selecionando o que poderá ser utilizado na sua pesquisa, descartando o que não será necessário), leitura crítica ou reflexiva (interpretação do que se lê, fazendo análises, “cruzando” o que diz um autor com o que diz outro e assim por diante).
Para ter um controle sobre o material teórico que será utilizado na pesquisa, o  pesquisador deve fazer apontamentos do que lê, porque posteriormente, na fase de escrita do projeto e do produto final, precisará referir-se às leituras feitas. No entanto, é preciso saber fazer esses apontamentos adequadamente, identificando o que é citação do autor.

Formas de registrar

Fundamentalmente, é preciso anotar os dados para fazer a referência bibliográfica (que será estudada posteriormente), o conteúdo de que trata a obra, registrando sempre se é cópia (que deverá vir entre aspas) ou se é comentário do pesquisador com base no que foi lido.
Aconselha-se que o pesquisador adote as chamadas fichas de leitura, que podem ser adquiridas em livrarias, elaboradas no computador e neste salvas para consultas ou ainda num caderno específico para aquela pesquisa.
Modelo de registro

Independentemente de escolher caderno, PC ou fichas de leitura de papel, no momento de fazer as anotações elas deverão conter um cabeçalho que indica a área da pesquisa e o assunto (tema) tratado. Logo após o cabeçalho, deve constar a referência bibliográfica (os dados técnicos da obra)e, em seguida, o conteúdo com as citações e/ou comentários. A seguir, reproduzimos modelo de anotações/registros de leitura.

Língua Portuguesa
Linguagem - funções
CHALHUB, Samira. Funções da linguagem. 5.ed. São Paulo: Ática, 1991.
05
“Diferentes mensagens veiculam significações as mais diversificadas, mostrando na

sua marca e traço, no seu efeito, o seu modo de funcionar. O funcionamento da mensa-

gem ocorre tendo em vista a finalidade de transmitir – uma vez que participam do

processo comunicacional: um emissor que envia a mensagem a um receptor, usando

do código para efetuá-la; esta, por sua vez, refere-se a um contexto. A passagem da

emissão para a recepção faz-se através do suporte físico que é o canal.  Aí estão,

portanto, os fatores que sustentam o modelo de comunicação: emissor, receptor,

canal, código, referente, mensagem.”

Língua Portuguesa                                                Linguagem – funções

CHALHUB, Samira. Funções da linguagem. 5.ed. São Paulo: Ática, 1991.
05
Nesta página, a autora explica como corre o funcionamento da transmissão da

Mensagem, tendo em vista os fatores que sustentam o modelo de comunicação, que,

segundo ela, são seis:: emissor, receptor, canal, código, referente, mensagem.

As citações no texto

Ao repassar as citações para o texto, é preciso ter o cuidado de:
·        Usar aspas no começo e no final da citação, caso seja literal. Logo após, cita-se o nome do autor em maiúsculas seguido de vírgula, ano de publicação da obra em que consta a citação, número da página. Exemplo:

“O que as pesquisas científicas feitas no Brasil nos últimos trinta anos têm revelado é o seguinte: existe uma diferença muito grande entre o que as pessoas em geral chamam de norma culta, inspiradas na longa tradição gramatical normativo-prescritiva, e o que os pesquisadores profissionais chamam de norma culta, um termo técnico para designar formas lingüísticas que existem na realidade social.” (BAGNO, 2007, p.52)

Caso se deseje fazer um destaque na citação que não tenha sido feito pelo autor, é necessário acrescentar uma vírgula após o número da página e escrever: grifos meus ou grifos nossos.

·        Quando se faz uma referência ao autor comentando o que ele disse, sem reprodução literal, deve-se fazer da seguinte forma:

Já o segundo conceito discutido por Bagno (2007) para o termo norma culta diz respeito à linguagem concretamente empregada pelos cidadãos que pertencem aos segmentos socioeconômicos mais favorecidos.

·        Caso se repita uma citação do mesmo autor na sequência do texto que está sendo escrito, deve-se colocar entre parênteses a expressão latina ibidem e o número da página.
·        Quando se faz citação de citação (transcritas palavras textuais já citadas em outra obra): entre parênteses escreve-se o sobrenome do autor da citação em maiúsculas seguido da expressão apud e do sobrenome em maiúsculas do autor da obra que contém a citação, vírgula, ano, página. Exemplo: (MARX apud KOSIK, 1976, p.50). Nas referências bibliográficas, no entanto, o que vai constar são os dados da obra de Kosik.

Observação: quando o pesquisador encontrar algum erro na texto que vai citar, ele deve transcrever exatamente como está no original e, imediatamente após o erro colocar entre colchetes a expressão latina sic (assim mesmo).


Notas de rodapé:

Anotações, explicações, comentários preferencialmente colocados ao pé da página com a finalidade de transmitir informações que não foram incluídas no texto para não prejudicar a sequência lógica deste.


A autoria do trabalho científico

É importante lembrar ao pesquisador, especialmente quando a pesquisa é predominantemente bibliográfica, que não é proibido reproduzir as palavras usadas por outro autor, no entanto, quando isso ocorre, é o momento de se fazer as citações (diretas ou indiretas).
A grande finalidade, contudo, da pesquisa é que o pesquisador seja o autor do conhecimento que ali está sendo produzido. Portanto, o que se espera é que haja análises, interpretações, reflexões críticas com base no que foi lido, estudado, pesquisado, e não a reprodução das palavras de outros.


Como se faz a referência bibliográfica?

Ocupa sempre o espaço final da pesquisa, sendo relacionadas todas as obras lidas, inclusive na internet. Deve ser feita em ordem alfabética.


·        De livros:

Um autor:

NERUDA, Pablo. Canto geral. São Paulo: Difel, 1978. 447p.

KENSEL, Hans. Teoria pura do direito. 4.ed. Coimbra: Armênio Amado, 1976. 484p.

PIAGET, Piaget. Biologia do conhecimento: ensaio sobre as relações entre as regulações orgânicas e os processos cognoscitivos. Petópolis: Vozes, 1973. 227p.

Até três autores:

AUTOR, X X; AUTOR, X X; AUTOR, X X.
Três ou mais autores:

AUTOR, X X et. al.
·        De uma obra com organizador:

SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Trabalho, educação e prática social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

·        Parte de uma obra:

SOBRENOME DO AUTOR DO CAPÍTULO, Nome do autor do capítulo. Título da parte. In: SOBRENOME DO AUTOR DA OBRA, Nome do autor da obra. Título da obra. Local: Editora, ano. página inicial e final da parte.


·        De revistas (com ou sem autor)

ETGES, Norberto J. A escola e a produção do arcaico. Educação e Realidade, Porto Alegre, v.15, n.1, p.22-28, jan./jun. 1990.

INFÂNCIA de raiva, dor e sangue. Veja, São Paulo, v.24, n.22, p.77-87, 1990.


·        De jornais (com ou sem autor):

GIANNOTTI, José Arthur. Em defesa da universidade. Folha de São Paulo, São Paulo, 13 jun. 1991. p.3.

CÉREBRO: a máquina evolui. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 maio 1991. Caderno 7, p.1-8.


·        Leis, decretos, portarias:

BRASIL. Decreto-Lei n. 2423, de 7 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da Administração Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, v.126, n.66, p.6009, 8 abr. 1988. Seção I, pt.1.

·        Referências da internet:

MULLER, L. É preciso falar de sexo. Net, Porto Alegre. Dsiponível em: <http://www.mundojovem.com.br> Acesso em: 10 jan. 2008.

Observações:
·        Se não tiver o ano do site da internet, deve-se colocar a data do momento.
·        Os meses devem ser todos abreviados com as três primeiras letras seguidas de ponto, com exceção do mês de maio, que é escrito por extenso.

Fontes:

BECKER, Fernando; FARINA, Sérgio; SHEID, Urbano.  Apresentação de trabalhos escolares. 17.ed. Porto Alegre: Multilivro, 1997.

OLIVEIRA, Sílvio Luiz de.  Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, , monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1997.






Escola Estadual de Ensino Médio Ernesta Nunes
 Ensino Médio Politécnico – Professor (a):  ...............................


Alunos:


1.
2.
3.

Tema da pesquisa (delimitado):

Problema:



Objetivo geral:






Objetivos específicos (de dois a quatro):















Justificativa:




















MODELO DECAPA E OUTRAS ORIENTAÇÕES





ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ERNESTA NUNES
ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO
Projeto de pesquisa











Normas técnicas para elaboração de trabalhos de pesquisa





Disciplina: Seminário Integrado
Professor:
Aluno:








Carazinho, março de 2012



Normas gerais para apresentação de trabalhos

Temos como objetivo apresentar aos estudantes os elementos comuns a todos os trabalhos realizados na disciplina de Seminário Integrado. Dessa forma, sugerimos:

1. Fontes e formas de realce
a) Papel: preferencialmente A4
b) Margens:
- superior e esquerda: 3 cm da borda da folha;
- inferior e direita: 2 cm da borda da folha.
c) Espaçamento:
- parágrafo-padrão: 1,5;
- títulos e subtítulos separados por dois espaços de 1,5;
- citações diretas e longas com mais de 3 linhas espaço simples;
- notas de rodapé: simples.
d) Alinhamento:
- títulos sem indicativo de seção: centralizados
- títulos numerados: justificado (alinhados à margem esquerda)
- citações diretas longas: justificadas, com recuo de 4 cm à esquerda.
e) Paginação: inicia-se a contagem a partir da folha de rosto, mas só deve aparecer a partir do primeiro elemento da parte textual, que é a introdução, podendo ser colocada na parte superior ou inferior, (centralizado ou alinhado na margem esquerda).

2. Fontes e formas das letras:
a) tipo: Times New Roman ou similar (mesmo tipo em todo o trabalho);
b) cor: preta (outras cores apenas para ilustração);
c) tamanho: 12 para todo o texto, exceto citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, legendas de ilustrações e tabelas, sugere-se fonte menor, podendo ser 10;
d) negrito: pode ser utilizado para destacar títulos e palavras;
e) itálico: indicado para indicar o nome de obras ou revistas. Também pode ser usado para destacar títulos e palavras;
f) sublinhado: pode ser usar para destacar títulos e palavras;
g) aspas: usadas somente para citações diretas curtas.

3. Citações e referências

            Toda vez que utilizamos informações de outro texto, devemos fazê-la em forma de citação. Existem dois tipos básicos:
Citação indireta: quando apresentamos a mesma ideia de outro texto, mas desta vez utilizando nossas próprias palavras sem fazer uma cópia literal.
Exemplo:
Para Teixeira & Araujo (2007, p. 4), o uso do computador estreita a relação entre teoria e prática, pois sua versatilidade permite que o indivíduo vivencie e realize experimentos de produção de textos ou realize pesquisas sobre temáticas que não teria acesso de outro modo, pois demandaria uma infraestrutura inviável à maioria das escolas.

Citação direta: quando copiamos algo exatamente e da mesma forma como está escrito em outro texto, isto é, cópia literal. As citações diretas se dividem em:
a) Breve – até 3 linhas, apenas acrescentam-se aspas (“  ”) no início e no final
Exemplo:
Além disso, vivemos em uma época que privilegia a imagem e os meios audiovisuais que nos rodeiam o tempo todo e em todos os lugares em que estamos com mensagens atraentes e fragmentadas: “podemos dizer que essas mudanças provocaram uma crise singular, sendo as dificuldades enfrentadas pelos adolescentes diferentes dos conflitos de outros tempos” (ARANHA, 2006, p.236).

b) Longa - com 4 linhas ou mais faz-se um recuo de 4 cm na margem esquerda e utiliza-se uma fonte menor e sem aspas.
Exemplo:
Esta metodologia de pesquisa na internet foi proposta por Bernie Dodge em 1995 e procura evitar o “copiar e colar” e estimular a criatividade na busca de soluções de problemas. O Webquest é uma proposta metodológica construtivista.

Para Piaget, o processo de construção do conhecimento acontece da seguinte maneira, o sujeito aprende por meio de processos que desencadeiam situações de desequilíbrio das estruturas cognitivas, ou seja, é necessário que passe por um processo de assimilação desses novos elementos, reajustando esses artifícios possibilitando então o processo de acomodação. (PENTEADO & FERNANDES, 2007, p.2).
4. Estrutura do projeto de pesquisa
·      Capa – opcional; quando utilizada aparece apenas o título da pesquisa
·      Folha de rosto
Informações como: instituição, título, autor, data, data
·      Sumário
Indica os títulos dos capítulos, bem como subtítulos, informando o número de página correspondente.
·      Delimitação do tema:
Nesta parte, iremos formular o título do nosso projeto (o que aparecerá na capa e na folha de rosto). Assim, elaborando um título, poderemos delimitar o tema. Ao limitarmos nosso objeto de estudo, estaremos estabelecendo limites. Devemos encontrar uma área específica, pois assim nossa abordagem permitirá um estudo mais profundo e rigoroso.
·      Problema e definição da pesquisa:
Nesta parte descrevemos o problema ou pergunta, de forma clara e limitada, à qual queremos responder. Mas para isso devemos ter um conhecimento sobre o assunto, através de leituras, conversas com especialistas, conhecendo a realidade e refletindo sobre esta. A melhor maneira de fazer isso é formular perguntas diretas sobre o assunto.
·      Justificativa:
Neste momento, você deve expor a importância em resolver o problema proposto. Assim, deve-se convencer a comunidade escolar sobre a necessidade de abordar o tema em seus diversos aspectos (político, econômico, social, cultural, etc.).
·      Objetivos:
Podemos elaborar os objetivos gerais e específicos.   Nos gerais, expomos a grande meta a qual queremos atingir e nos específicos as propostas concretas e particulares que deverão ser atingidas ao final do projeto. Na sua formulação, sugerimos verbos como analisar, estudar, investigar, comparar, abordar, contrastar, relacionar, descrever, elucidar, enumerar, mensurar, quantificar, acompanhar, reconstituir, entre outros que auxiliam a especificar o que pretendemos com a pesquisa.
·      Revisão de literatura:
 Na revisão de literatura, apresentamos o que já foi publicado sobre o assunto, além de catalogar as informações, examiná-las. É o ponto de partida que permite ao pesquisador uma visão sobre o que já se conhece sobre o assunto.  Devem ser apresentadas pelo menos três fontes (fundamentações) – hipóteses podem fazer parte da revisão.
·      Metodologia:
Tipo de pesquisa. É a descrição do projeto, indicando o local da pesquisa, objetos a serem estudados, materiais, procedimentos, concepções, estratégias de análises, fundamentos, etc.
·      Cronograma:
Descrição das atividades planejadas com a indicação da época em que serão realizadas veja exemplo:
ATIVIDADES
1º trim.
2º trim.
3º trim.
Levantamento bibliográfico
X


Leitura e análise da bibliografia
X
X

Levantamento de fontes
X
X

Redação do projeto
X


Leitura e análise de fontes
X
X
X
Relatório sobre o andamento da pesquisa

X

Redação do artigo científico


X
Apresentação à comunidade escolar


X


·        Referências bibliográficas
Indicação das fontes utilizadas no trabalho

Obs. Estas são algumas orientações básicas para a elaboração de um trabalho de pesquisa. Alertamos aos nossos educandos que existem outras formas consistentes para a formatação dos trabalhos. Somente o que não podemos esquecer que sempre devemos unificar os nossos trabalhos, isto é, manter um padrão em todo o trabalho.


Referências
Apresentação de trabalhos científicos: normas e orientações práticas. Coor. Altair Alberto Fávero e Ediovani Antônio Gaboardi. 4 ed. Passo Fundo, 2008.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.  23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
locarw �!a a �-n �u to.
·        Os meses devem ser todos abreviados com as três primeiras letras seguidas de ponto, com exceção do mês de maio, que é escrito por extenso.

Fontes:

BECKER, Fernando; FARINA, Sérgio; SHEID, Urbano.  Apresentação de trabalhos escolares. 17.ed. Porto Alegre: Multilivro, 1997.

OLIVEIRA, Sílvio Luiz de.  Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, , monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1997.






Sobre resumos (para as anotações do que está sendo lido para revisão de literatura)


Ao reescrevermos um texto por meio de um resumo, conseguimos entender melhor o assunto porque o ato de resumir envolve a habilidade de analisar para extrair a essência do texto, ou seja, o que é mais importante.  Fazer resumos de textos, capítulos, artigos, livros é um ótimo hábito que pode auxiliar o aluno em todas as disciplinas.
A seguir, conforme sugestões apresentadas no site www.brasilescola.com, alguns passos para elaborar um bom resumo:

- faça uma primeira leitura atenciosa do texto, a fim de saber o assunto geral dele;

- depois, leia o texto por parágrafos, sublinhando as palavras-chaves para serem a base do resumo;

- logo após, faça o resumo dos parágrafos, baseando-se nas palavras-chaves já destacadas anteriormente;

- releia o seu texto à medida que for escrevendo para verificar se as ideias estão claras e sequenciais, ou seja, coerentes e coesas.

- ao final, faça um resumo geral deste primeiro resumo dos parágrafos e verifique se não está faltando nenhuma informação ou sobrando alguma;

- por fim, analise se os conceitos apresentados estão de acordo com a opinião do autor, porque não cabem no resumo comentários pessoais.





Para quem precisa melhorar os objetivos da pesquisa, a seguir sugestões de verbos que podem ser utilizados:

apreciar, analisar, escolher, citar, classificar, comparar, controlar, descobrir, descrever, definir, demonstrar, nomear, designar, diferenciar, distinguir, avaliar, calcular, construir, consertar, desenvolver, diagnosticarexecutar, esquematizar, gerenciar, instalar, integrar, dominar, localizar, montar, modelar, organizar, praticar, preparar, realizar, explicar, identificar, julgar, listar, medir, opor, provar, quantificar, reconhecer, redigir, reagrupar, repertoriar, resolver, selecionar, estruturar, traduzir, transpor, verificar, reparar, tratar, transformar, utilizar, conhecer, apontar, identificar, reconhecer, relatar, compreender, concluir, deduzir, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar, aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, praticar, traçar, otimizar, melhorar, criticar, debater, discriminar, examinar, investigar, ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentarsintetizar, compor, documentar, especificar, formular, produzir, propor, reunir, contrastar, estimar, selecionar, entre tantos outros conforme a intenção da pesquisa.




Para quem precisa melhorar a justificativa, parte do projeto em que se convence o leitor da importância da pesquisa a ser realizada, não precisa ser extensa, mas deve ser bem fundamentada. A seguir, duas justificativas de projetos da escola (modelinhos):

Considerando o crescimento da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesta Nunes, bem como o consequente aumento do número de alunos e, sobretudo, por buscar a ampliação de atividades e oportunidades a serem oferecidas à comunidade a que atende, constata-se a necessidade de a escola manter, interna e externamente, um meio de divulgação de seus projetos e de sua programação.
É sabido que, ao longo de sua trajetória, a EEEM Ernesta Nunes, tem propiciado ao seu corpo discente diversas atividades extraclasse, as quais despertam no aluno um senso de responsabilidade e participação efetiva na escola e na vida comunitária, oportunizando, desse modo, o exercício da cidadania. Por isso, a manutenção do blog da escola vem integrar-se a esse “espírito” de enriquecimento do processo ensino-aprendizagem, pois, além de ser um meio eficaz de divulgar ideias, serve como incentivo ao saudável e desafiador hábito da leitura.
O blog é, também, um modo de valorizar a escrita, mostrando ao aluno que ele escreve não apenas para o professor corrigir, mas que, acima de tudo, o ato de escrever deve ser colocado em prática na sua vida diária para opinar, esclarecer, divulgar fatos importantes, ou mesmo para questionar a realidade em que vive. Assim, o blog na escola é um meio de auxiliar os professores a motivar o aluno para diversas atividades em diferentes disciplinas, integrando-as, além de ser um veículo de divulgação das atividades escolares para a comunidade. Além do mais, o blog, podendo ser acessado no Laboratório de Informática da Escola, passa a ser um meio de democratizar as informações sobre as práticas em sala de aula, bem como de promover o exercício da cidadania pela expressão de opinião.
A manutenção do blog da Escola Ernesta Nunes – criado por ocasião do cinquentenário da instituição – é, dessa forma, um projeto que dá sequência às atividades desenvolvidas em etapas anteriores e que vem ao encontro dos dois maiores desafios de educadores de todas as séries e disciplinas em todos os tempos: despertar no aluno o interesse pela leitura e pela escrita, o que só acontece quando o educando é levado a pensar e a agir.
Para completar essa necessidade de levar informação, entretenimento e opinião à comunidade educativa, a Escola também pretende publicar um informativo, com a participação interdisciplinar dos professores. Dessa forma, o blog e o informativo são um meio de valorizar o espaço escolar Ernesta Nunes.
(Projeto Ernesta em foco. Março de 2012)


Este projeto, que será desenvolvido em conjunto pela professora regente da disciplina de Língua Portuguesa e bibliotecárias da escola, justifica-se em razão da necessidade de incentivar o hábito da leitura entre os jovens do ensino médio e do ensino médio politécnico, além de motivá-los para a escrita de textos como uma forma de expressar opiniões, exercitar a criatividade e desenvolver o senso crítico.
A escolha dos gêneros crônica, conto, resenha e artigo de opinião justificam-se por se caracterizarem como textos curtos, que podem mais facilmente ser trabalhados/lidos em sala de aula, atendendo à exigência dos tempos de duração dos períodos semanais das aulas de língua materna. Além disso, são gêneros consagrados contemporaneamente, de fácil circulação em ambientes virtuais, jornais e revistas, suportes de leitura que normalmente são mais manipulados pela faixa etária que frequenta o ensino médio/ensino médio politécnico.
(Projeto O literário e o não-literário na sala de aula: um incentivo à prática da leitura e da escrita. Abril de 2012)


5 comentários:

  1. Olá! Tudo beleza?
    Estou passando para dar uma "espiadinha" no blog e convidá-los a visitar o meu blog também!
    Vamos trocar experiências. Acho que vai ser bem legal!

    Abraço,
    Profe. Cíntia Maciel

    Seminário Integrado - Aprendendo a aprender
    http://seminariointegradoemiliosander.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Cintia, legal mesmo o blog. Aproveitei para dar uma espiadinha e verificar que estamos trabalhando de forma muito parecida, com a construção de projetos de pesquisa. Um grande abraço, valeu a troca de experiência.

      Professora Jocelene

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    2. Obrigada!
      Valeu mesmo o incentivo!
      Estamos começando uma nova etapa no ensino, né?
      E por isso é muito bom fazer "parcerias"!
      Espero não perder o contato!

      Abraço,

      Cíntia Maciel

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  2. Este ano assumi o Seminário Integrado no 2º ano junto com outras colegas. A caminhada de vcs colocada nos blogs e os materiais publicados tem sido de muita ajuda.Obrigada por compartilharem.
    Como estão trabalhando no 2º ano? Quantas turmas cada professor está coordenando?
    que materiais de apoio costumam usar?
    Que videos sugerem?
    Ufa minha ansiedade me faz bombardear com perguntas hehehe

    Mas gostaria de receber todo material que possam disponibilizar desde material de fundamentação para professor ate dicas de pratica.
    email: darocha@vetorial.net

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  3. olá Bom dia,eu estou fazendo um trabalho de uma escola publica e gostaria de saber como está funcionando o seminari entregado,quantos períodos tem,como é escolhidos os trabalhos e como é feitas as apresentações dos temas???

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